Uma novidade deve agradar as mulheres que sonham em ingressar na Polícia
Militar. É que a previsão é de que o concurso público da Polícia Militar do Rio
Grande do Norte oferte vagas para mulheres. A quantidade, porém, ainda não foi
definida. Atualmente, a PM tem cerca de 200 policiais femininas, sendo a grande
maioria concentrada nas atividades administrativas.
Conforme reportagem do Tribuna do Norte, o edital do concurso da PM/RN
está em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE). O procurador geral,
Francisco Wilkie, disse que o processo é “urgente” e por isso está sendo
priorizado.
Após a análise da procuradoria, o certame será enviado à Secretaria da
Administração e dos Recursos Humanos (Searh) para ser publicado.
Conforme já anunciado pelo governo estadual, o concurso ofertará mil
vagas e sem necessidade de ensino superior para os praças. O diploma, porém,
será exigido para os oficiais.
Por diversas vezes, o governo estadual, tanto o governador Robinson
Faria quanto a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, chegaram a
anunciar que o edital sairia nos próximos meses. O concurso da PM sofre adiamentos
desde 2015.
Paralelamente a isso, o governo enviou à Assembleia Legislativa do RN, a
Lei de Ingresso da PM, que visa aperfeiçoar a seleção.
A lei tramita, no momento, na Comissão de Cidadania e Justiça (CCJ), da
Assembleia Legislativa. Após aprovação, será enviada para outras comissões.
Portanto, o próximo concurso ainda exigirá apenas nível médio para ingresso no
cargo de praças.
A aprovação da lei é defendida pelo Comando da Polícia Militar. O fato
de passar a exigir nível superior para os oficiais é considerado um avanço.
Essa exigência reduzirá o tempo de preparação do profissional para a atuação.
Só com nível médio, o PM tem que passar por mais tempo de treinamento até
chegar à rua. Com a exigência do nível superior, esse tempo será reduzido.
O Rio Grande do Norte não realiza um concurso para a PM há 12 anos.
Atualmente, a corporação conta com 8.200 policiais, na ativa. O edital,
previsto na lei, é 13.466 PMs – ou seja, há um déficit de 5.266 de pessoal.
O governo informou que desde 2005, a PM passou por vários trâmites
judicias como aumento de pedidos de aposentadoria e adiamentos na realização de
um novo concurso.
Apenas em 2017, cerca de 200 policiais militares pediram aposentadoria,
segundo o Tribuna do Norte. Outra preocupação da PM é o envelhecimento dos
policiais. O soldado mais novo, por exemplo, tem 30 anos.
VIA MOSSORÓ HOJE O Natalense / Via Martins em Pauta
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