quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Europa e EUA concentram casos de pedofilia na Igreja Católica

Um relatório da ONU não economizou na linguagem forte ao acusar o Vaticano nesta quarta-feira (5) de "sistematicamente" adotar políticas que permitiram o abuso sexual de menores por membros do clero, incluindo medidas para "proteger" os religiosos das consequências de seus crimes.

O Comitê da ONU sobre Direitos da Criança expressou "consternação" com a recusa da Santa Sé em reconhecer a extensão dos crimes cometidos, e pediu que o Estado católico abra seus arquivos para revelar os crimes.

A chefe do órgão, Kirsten Sandberg (foto), disse que o Vaticano continua violando a Convenção da ONU para os direitos das crianças "porque não fez o que precisa ser feito".

— A Santa Sé adotou políticas e práticas que levaram a abusos contínuos e à impunidade dos agressores. A Santa Sé repetidamente colocou a reputação da igreja e a proteção dos agressores acima dos interesses das crianças.

A maior parte das acusações de pedofilia na Igreja Católica ocorreu em paróquias da Europa e América do Norte. Veja a seguir os principais casos

Foto: Anja Niedringhaus/AP

Estados Unidos

Em 2004, uma investigação contabilizou 4.400 padres pedófilos e 11 mil crianças vítimas de abusos entre 1950 e 2002.

Um dos casos mais notórios envolveu o arcebispo de Boston, o cardeal Bernard Law, que foi forçado a renunciar em 2002 por ter protegido padres pedófilos.

Em 2007, a Arquidiocese de Los Angeles, então liderada pelo cardeal Roger Mahony, concordou em pagar mais de R$ 1,5 bilhão (US$ 660 milhões) para 500 supostas vítimas.

Mahony, acusado de acobertar os padres pedófilos, foi demitido de seu cargo no início de 2013.

Acima, o cardeal Law conversa com o ex-papa Bento 16 no ano passado

Foto: 13.02.2013/Alessandra Tarantino/AP

Irlanda

Nos anos 2000, acusações de abusos sexuais cometidos durante décadas coloca em xeque a credibilidade das instituições católicas. Mais de 14.500 crianças teriam sido vítimas. Vários bispos e padres, acusados de esconder esses atos, foram punidos

Canadá

No final dos anos 1980, as revelações de abusos de crianças em um orfanato em Newfoundland nos anos de 1950 e 1960 provocaram um enorme escândalo. A hierarquia religiosa também foi acusada de não ter denunciado os casos de pedofilia em suas fileiras.

Acima, o embaixador do Vaticano na ONU em Genebra, monsenhor Silvano Tomasi (esq.), conversa com Charles Scicluna, ex-promotor do Vaticano sobre Abuso Sexual, durante audiência no mês passado

Foto: 16.01.2014/ FABRICE COFFRINI / AFP

Alemanha

Desde o início de 2010, centenas de casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes em instituições religiosas foram revelados. Um dos casos mais divulgados foi o do colégio jesuíta Canisius (foto) em Berlim envolvendo cerca de 20 crianças.

No final de 2012, um relatório indicou pelo menos 66 nomes de religiosos envolvidos em casos de pedofilia por um período de dez anos

Foto: 19.02.2010/Winfried Rothermel/APN/AP

Bélgica

Em 2010, o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe (foto), renunciou após admitir ter abusado sexualmente de dois de seus sobrinhos.

Na sequência, milhares de testemunhos relataram casos de abuso sexual por monges belgas. Acusada de permanecer em silêncio, a hierarquia católica é atualmente alvo de um vasto inquérito judicial no país.

Holanda

No final de 2011, um relatório revelou o caso de "dezenas de milhares de crianças" abusadas sexualmente dentro da Igreja católica holandesa entre 1945 e 2010. Cerca de 800 supostos autores foram identificados

Foto: 15.02.2007/Peter Maenhoudt
/AP

Polônia

Em agosto de 2013, o polonês Josef Wesolowski (foto), núncio na República Dominicana, foi destituído, e uma investigação foi instaurada no âmbito de outro padre polonês suspeito de crimes contra menores de idade.

Áustria

Após uma série de revelações no início de 2010 de casos de abusos sexuais e maus tratos por sacerdotes entre as décadas de 1960 e 1980, uma comissão de inquérito foi criada pela Igreja. Cerca de 800 casos foram identificados e 8 milhões de euros concedidos às vítimas.

Foto: 15.03.2013/Manuel Diaz/AP

Itália

A Igreja admitiu, em 2010, que cerca de cem casos de padres pedófilos haviam sido relatados ao longo de dez anos.

Acima, Teodoro Pulvirenti, italiano que mora em Nova York e que alega ter sido vítima de abuso de um padre, na Itália, quando era adolescente.

Austrália

Em abril de 2013, é aberta uma investigação pública sobre o abuso sexual de crianças em associações religiosas e instituições públicas. Um total de 5.000 supostas vítimas devem ser entrevistadas.

Foto: 15.01.2014/ Richard Drew/AP

Do R7 / Via Blog Umarizal em Fotos

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